«Eis onde vivo por momentos. Onde sou uma respiração do silêncio. (...)Estar ou ser no encontro tornou-se a exactidão pura de uma densidade tranquila e suficiente,internamente imensa.» in Clareiras, Antonio Ramos Rosa
Damien Hirst novamente acusado de plágio - Cultura - PUBLICO.PT
Não havia necessidade destas coisas, pois não?
Não havia necessidade destas coisas, pois não?
Hoje fui ver...
este filme fabuloso de Abbas Kiarostami, que eu entendi como um hino ao amor, à poesia e à arte...
O oco da palavra
"Nunca vim aqui
Onde já estive, e esqueci.
Encontro tudo tão mudado.
A tua boca que não conheci.
Os quadrados da toalha alucinados.
Os copos todos. Descrevendo círculos
Sobre o chão todo enxadrezado.
A tua boca aparecendo à janela
De uma paisagem que se apagou.
Os copos dançando todos
Em volta dos teus lábios ausentes.
A tua boca de novo acesa
O vinho sendo servido pelo braço.
Os copos abertos, desaparecidos.
O líquido derramado
Sobre o tecto, por onde foste
Para a paisagem que há-de vir.
Uma cabeça de lobo à janela
Segurando nos dentes o fragmento
De um vestido talvez nunca usado.
Desde que comecei a escrever isto
Que não me sinto. Nunca estive aqui
Não fui pelas palavras autorizado"
Vitor Oliveira Jorge
Onde já estive, e esqueci.
Encontro tudo tão mudado.
A tua boca que não conheci.
Os quadrados da toalha alucinados.
Os copos todos. Descrevendo círculos
Sobre o chão todo enxadrezado.
A tua boca aparecendo à janela
De uma paisagem que se apagou.
Os copos dançando todos
Em volta dos teus lábios ausentes.
A tua boca de novo acesa
O vinho sendo servido pelo braço.
Os copos abertos, desaparecidos.
O líquido derramado
Sobre o tecto, por onde foste
Para a paisagem que há-de vir.
Uma cabeça de lobo à janela
Segurando nos dentes o fragmento
De um vestido talvez nunca usado.
Desde que comecei a escrever isto
Que não me sinto. Nunca estive aqui
Não fui pelas palavras autorizado"
Vitor Oliveira Jorge
Uma esplanada sobre o mar
O coelhinho da Páscoa trás,
A paixão de Cristo, de Mel Gibson...ao som dos U2
um grande filme, uma grande banda
um grande filme, uma grande banda
Salpicos para a Alma...
"Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
Ternura poema de David Mourão-Ferreira, in "Infinito Pessoal"
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
Ternura poema de David Mourão-Ferreira, in "Infinito Pessoal"
Para Ti...
Espreita também "The Silent Spring Massive Attack feat Elisabeth Fraser"...com imagens fantásticas de espirais e túneis...
Manifesto contra a barbárie...a propósito dos artigos de Nicholas Kristof, para o New York Times
Edward Zwick realizou e produziu em 2006, este filme inspirado no conflito iniciado em Serra Leoa em 1991, onde o crescente abuso de poder e a corrupção do governo presidido por Momoh leva à criação da RUF (Frente Unida Revolucionária) que em pouco tempo controlava grande parte das províncias ricas em diamantes. Desde o início, a estratégia adoptada por este grupo foi a utilização de MENINOS SOLDADOS. A guerra civil continuou até 2002, ano em que o presidente Kabbah a declara oficialmente terminada. Estima-se que 50 mil pessoas foram mortas, e que existam mais de 500 mil refugiadas em nações vizinhas. As estratégias de violência destes conflitos são inqualificáveis e ininarráveis MAS CONTINUAM A REPETIR-SE...da Libéria, Serra Leoa...ao Congo, AINDA...
[viii]
algures onde eu nunca viajei,alegremente além de
qualquer experiência,os teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frouxo há coisas que me prendem,
ou que eu não posso tocar de tão próximas que estão
o teu mínimo olhar há-de fácilmente desprender-me
embora eu não me tenha cerrado como dedos,
tu sempre me abres pétala a pétala como abre a Primavera
(tocando hábil,misteriosamente)a primeira rosa
mas se teu desejo for encerrar-me,eu e
minha vida fecharemos em beleza,de repente,
como quando o coração desta flor imagina
a neve em tudo cuidadosa descendo;
nada do que existe para ser sentido neste mundo iguala
o poder da tua extrema fragilidade:cuja textura
me submete com a cor dos seus domínios,
representando a morte e para sempre em cada alento
(eu não sei o que é que há em ti que fecha
e abre;apenas alguma coisa em mim entende
a voz dos teus olhos mais profunda que todas as rosas)
ninguém,nem mesmo a chuva,tem tão finas mãos
xix poemas, e.e. cummings, a quem retorno sempre...
qualquer experiência,os teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frouxo há coisas que me prendem,
ou que eu não posso tocar de tão próximas que estão
o teu mínimo olhar há-de fácilmente desprender-me
embora eu não me tenha cerrado como dedos,
tu sempre me abres pétala a pétala como abre a Primavera
(tocando hábil,misteriosamente)a primeira rosa
mas se teu desejo for encerrar-me,eu e
minha vida fecharemos em beleza,de repente,
como quando o coração desta flor imagina
a neve em tudo cuidadosa descendo;
nada do que existe para ser sentido neste mundo iguala
o poder da tua extrema fragilidade:cuja textura
me submete com a cor dos seus domínios,
representando a morte e para sempre em cada alento
(eu não sei o que é que há em ti que fecha
e abre;apenas alguma coisa em mim entende
a voz dos teus olhos mais profunda que todas as rosas)
ninguém,nem mesmo a chuva,tem tão finas mãos
xix poemas, e.e. cummings, a quem retorno sempre...
Ainda Fernando Pessoa...
A criança que fui chora na estrada
deixei-a ali quando vim ser quem sou;
mas hoje, vendo que o que sou é nada,
quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
a vida tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
de o não saber, a minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
um alto monte, de onde possa enfim
o que esqueci, olhando-o, relembrar
na ausência, ao menos, saberei de mim,
e, ao ver-me tal e qual fui ao longe, achar
em mim um pouco de quando era assim.
deixei-a ali quando vim ser quem sou;
mas hoje, vendo que o que sou é nada,
quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
a vida tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
de o não saber, a minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
um alto monte, de onde possa enfim
o que esqueci, olhando-o, relembrar
na ausência, ao menos, saberei de mim,
e, ao ver-me tal e qual fui ao longe, achar
em mim um pouco de quando era assim.
Adeus Llasa...
Lhasa de Sela morreu de cancro da mama na sua casa em Montreal no dia 1 de Janeiro, 2010. Tinha 37anos.
Do Caos à Ordem ou a Origem do Mundo
Pequena exposição patente na BIBLIOTECA Lúcio Craveiro da Silva, em BRAGA, até ao fim de Janeiro que reúne sete trabalhos de pintura/técnica mista sobre papel, de 45cmx 45cm, realizados no ano 2000.
As obras são indícios, da expressão simbólica e poética de um mundo que se encontra para lá da consciência, construida com base no diálogo entre as pulsões irreflectidas e a exploração controlada do acaso enquanto processo criativo. Ainda na senda de um certo Dadaismo e Surrealismo dos trabalhos desenvolvidos anteriormente, estas apresentam-se tendencialmente despojados da componente gestual caligráfica.
As obras são indícios, da expressão simbólica e poética de um mundo que se encontra para lá da consciência, construida com base no diálogo entre as pulsões irreflectidas e a exploração controlada do acaso enquanto processo criativo. Ainda na senda de um certo Dadaismo e Surrealismo dos trabalhos desenvolvidos anteriormente, estas apresentam-se tendencialmente despojados da componente gestual caligráfica.
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Acerca de mim
Para Pensar
"Um homem pode conquistar mil homens em combate, mas aquele que se conquista a si mesmo é o maior guerreiro."
"Se aceitares menos do que aquilo que mereces, recebes menos do que aquilo que aceitaste."
"Tudo o que vemos ou parecemos
Não passa de um sonho dentro de um sonho."
"Quem quer chegar á fonte tem de nadar contra a corrente."
"Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão."
"Alimentem o corpo para hoje e o espirito para a Eternidade"
"O que é errado é errado mesmo que todos o façam; o que é correcto é correcto mesmo que ninguém o faça"
"Se aceitares menos do que aquilo que mereces, recebes menos do que aquilo que aceitaste."
"Tudo o que vemos ou parecemos
Não passa de um sonho dentro de um sonho."
"Quem quer chegar á fonte tem de nadar contra a corrente."
"Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão."
"Alimentem o corpo para hoje e o espirito para a Eternidade"
"O que é errado é errado mesmo que todos o façam; o que é correcto é correcto mesmo que ninguém o faça"
Principios do Reiki
"Só por hoje agradecerei pelas minhas várias bençãos.
Só por hoje não me preocuparei.
Só por hoje não me aborrecerei.
Só por hoje, trabalharei honestamente.
Só por hoje, serei bondoso para com o meu próximo e para com todos os seres vivos."
Só por hoje não me preocuparei.
Só por hoje não me aborrecerei.
Só por hoje, trabalharei honestamente.
Só por hoje, serei bondoso para com o meu próximo e para com todos os seres vivos."