eu,
a partir de mim, eu sei
da importância da superfície
que me dá as coordenadas dos espaços
o terreno das imperfeições onde piso.
lentamente o meu mundo constrói-se
por dentro
fabrico-o com introspecções
preciso dele. vivo dele.
estas anotações acrescentam, à ponte para ti
o outro de mim projectado
eu existo
no silêncio, enrolada em tecidos transparentes...
a arte aparece como génese
de nada dizer, tudo fica exposto ao tempo.
indirectamente, com pequenas doses de elixir,
introduzes-te no meu universo fechado.
o meu corpo contorce-se
em dor de dependência, projecta-me no vazio
mas estou mais forte. Não fujo ao confronto?
com esse outro de mim que julgava morto?
movimento-me num perigoso labirinto que me retira do presente
este morre e regresso ao principio de mim
ao começo do mundo.
o que procuras nas regiões do visível?